16
Mai 11

Acordas

na madrugada

manajeira

mulher mãe

começa a bater nas portas

acordas mulheres também

espera-vos 

campo

seara

suor

tranformado em pão

saudades do companheiro

que levado para a prisão

pelo pide que te odeia

porque lhe disseste 

não

quando ele queria 

o teu corpo

três vezes disseste-lhe

não

ceifeira

rosto cansado

olhos pretos

solidão

voltaste

a dizer que não

à besta daquele 

pide

que te meteu na prisão

papoila linda ceifeira

morreste dizendo

Não

que bela a tua jornada

abraço-te companheira

obrigada camarada

 

(Ester Pita - Maio de 2011)

publicado por mitouverdade às 18:26

O "Mito ou Verdade" execedeu-se no que à inovação diz respeito e propôs à bloguer, Comunista (como faz questão que digamos) e poetisa Ester Pita  que realizasse um poema onde retratasse a condição de uma mulher (no caso, Alentejana) no periodo do Estado-Novo. 

 

 

 

publicado por mitouverdade às 18:12

02
Mai 11

Durante todo o regime fascista, a mulher não teve um estatuto de independência e igualdade. Tanto na família como na sociedade, a mulher era considerada um ser inferior ao homem, dependente do marido ou do pai, que era o chefe da família. Esta visão patriarcal, partia de valores fascistas bem conhecidos, da lamentável trilogia “Deus, Pátria e Família” em que à mulher era destinado o papel da “fada” do lar e ao homem a responsabilidade do trabalho, da intervenção pública. Certas profissões estavam interditas às mulheres e toda a educação era feita na base das desigualdades de género.

Durante alguns anos, até a escolaridade básica para as mulheres era de apenas três anos, enquanto para os homens era de quatro anos. Salazar considerava que bastava saber “ler, escrever e contar”. Tudo isto contribuiu para o atraso de Portugal.

Só com a revolução de 25 de Abril de 1974 é que se pôs fim a esta situação.

A Constituição da República de 1976 consagrou, pela primeira vez em Portugal, o estatuto da igualdade e proibiu todas as discriminações.

Mas ainda falta muito para que a igualdade de género seja a realidade quotidiana da nossa sociedade. Vamos continuar a lutar contra as discriminações de que as mulheres continuam a ser vítimas e pela igualdade no progresso social.

 

(Ilda Figueiredo - Maio de 2011)

publicado por mitouverdade às 17:53

O "Mito ou Verdade", na linha de uma certa inovação, propôs a Eurodeputada e Economista Ilda Figueiredo  que realizasse uma pequena crónica acerca a Condição da Mulher no Estado-Novo. No entanto antes de a expormos iremos apresentar uma pequena biografia da nossa Cronista :

 

 

 

 

 

 

 

 

Maria Ilda da Costa Figueiredo nasceu no Troviscal, Oliveira do Bairro, em 30 de Outubro de 1948, no seio de uma família de agricultores.

Desde cedo decidiu cursar Economia, mas, antes de o fazer, e por sugestão dos pais, obteve formação que lhe permitiu desempenhar as funções de professora primária. No ano lectivo de 1967-1968 matriculou-se na Faculdade de Economia da Universidade do Porto.

Casou no dia do seu 19.º aniversário, mantendo residência em Aveiro e deslocando-se diariamente de comboio até ao Porto. Durante o seu segundo ano de casada foi viver para Vila Nova de Gaia onde melhor pôde conciliar a docência com os estudos, como aluna voluntária.

Durante a licenciatura confraternizou com colegas no "Café do Piolho", aos Leões, e foi incentivada por docentes como o Professor Jesus.

Em 1973 terminou o curso de Economia e, no ano seguinte, tornou-se militante do Partido Comunista Português.

Frequentou igualmente um mestrado em Administração e Planificação da Educação na Universidade Portucalense (1998), e o curso de Estudos Superiores Especializados em Administração Escolar, na Escola Superior de Educação do Porto.

No PCP pertenceu ao sector intelectual da Direcção e à Direcção Regional do Porto e desde os anos noventa que é membro do Comité Central.

Foi deputada à Assembleia da República entre 1979 e 1991, vereadora da Câmara Municipal de Gaia entre 1983 e 1991 e membro da respectiva Assembleia Municipal. Foi também Vereadora da Câmara Municipal do Porto entre 1994 e 1999.

Na sua passagem pela edilidade gaiense ficou associada, enquanto Vereadora do Ambiente, ao projecto do Parque Biológico, vocacionado para a educação ambiental.

Ilda Figueiredo leccionou no ensino básico durante um ano, foi professora na Escola Secundária Almeida Garrett, em Vila Nova de Gaia, e no Instituto Superior Jean Piaget, e orientou acções de formação sobre Organização Pedagógica da Escola e Gestão de Escolas.

Integrou a comissão organizadora que preparou a criação da Associação Nacional de Municípios, trabalhou como economista no Sindicato Têxtil do Porto e na União dos Sindicatos do Porto/CGTP.

É autora de artigos e de livros, nomeadamente sobre educação, foi colunista do Jornal de Notícias e colaboradora da rádio TSF.

É deputada ao Parlamento Europeu desde Julho de 1999, onde exerce os cargos de Vice-Presidente do Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Nórdica Verde, de Vice-Presidente da Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais e é Membro da Comissão dos Direitos das Mulheres e da Igualdade dos Géneros, da Delegação para as Relações com o Mercosul e da Delegação à Assembleia Parlamentar Euro-Latino-Americana e, ainda, Membro Suplente da Comissão da Agricultura e do Desenvolvimento Rural e da Delegação à Assembleia Parlamentar Euro-Mediterrânica.

 

publicado por mitouverdade às 17:38

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