No passado mês de Fevereiro, realizamos uma entrevista ao Romancista, dramaturgo, jornalista e conferencista Fernando Dacosta, que iremos transcrever. Em primeiro lugar importa fazer uma pequena biografia do nosso entrevistado:
Romancista, dramaturgo, jornalista e conferencista, Fernando Dacosta nasceu em Luanda a 12 de Dezembro de 1945 de onde foi, ainda criança, para o Alto Douro. Após frequentar o liceu na cidade de Lamego fixa-se em Lisboa, tira o curso de Fiologia Românica e inicia-se no jornalismo e na literatura.
Em 1967, iniciou a sua carreira jornalística a convite de Carlos Mendes Leal, director da delegação da agência noticiosa Europa Presse (ligada à Opus Dei) em Lisboa. Dacosta foi destacado como repórter na Assembleia Nacional e no Palácio de S. Bento. Foi nessa altura que conheceu pessoalmente Salazar, encontro que muito o impressionou e o motivaria no futuro a dedicar particular interesse literário à figura do estadista.
Trabalhou em vários jornais e revistas como Filme, Europa-Press, Flama, Notícia, Comércio do Funchal, Vida Mundial, Diário de Lisboa, Diário de Notícias, A Luta, JL, O Jornal, Público ou Visão. Colaborou em vários programas de rádio, de que se destaca Café Concerto de Maria José Mauperrin, na Rádio Comercial, nos anos 80. Na RTP, em 1991/2, apresentou uma rubrica sobre literatura. Dirigiu os "Cadernos de Reportagem" e foi co-editor das edições Relógio de Água.
Em 2005 foi agraciado pelo Presidente da República com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique.
Das suas obras existem uma série delas que abordam temáticas ligadas a Salazar e ao Estado-Novo e são elas "Fotobiografia de Salazar", "Máscaras de Salazar", "O viúvo" (que foi agraciado com o Grande Prémio de Literatura Círculo de Leitores) e "Os Mal-amados".